O Oduji

Abriu a pequena caixa. Lá estava ele, encolhido, numa posição fetal, a pele rosa e translúcida mostrando órgãos pulsando suavemente, uma peristalse quase imperceptível. Seus olhos estavam fechados, ele ainda estava sob efeito de tranquilizantes. Finas veias cobriam suas pálpebras semitransparentes, que cobriam gigantescos olhos negros. Ele respirava tranquilamente e moveu a cabeça na direção dela, sonolento. Ela fechou a caixa, suas mãos tremiam, suor brotava frio na sua palma ao perceber que não tinha mais como desistir. Era um contrabando que atravessou oito sistemas estelares até chegar em suas mãos. Pegou o trem central, rumo a uma clínica de modificação clandestina e fez o implante.
continue lendo O Oduji